ES é o Primeiro Estado a Criar Cadastro Biométrico no Sistema Prisional
O Espírito Santo se destaca como o primeiro estado do Brasil a implementar o cadastramento biométrico no sistema prisional, integrando dados a um banco nacional.

Foto: Freepik
Iniciada em junho de 2024, a iniciativa de cadastramento biométrico no sistema prisional do Espírito Santo se tornou um marco no Brasil. Sob a gestão da Secretaria da Justiça (Sejus) e da Superintendência da Polícia Federal, o projeto visa coletar dados biométricos de detentos, com a expectativa de mais de oito mil coletas anuais.
O que é o Cadastramento Biométrico no Sistema Prisional?
O cadastramento biométrico no sistema prisional é uma iniciativa inovadora que visa registrar as características biométricas dos detentos, como impressões digitais e reconhecimento facial. Essa coleta de dados é realizada no momento da entrada dos presos nas unidades prisionais, garantindo que suas informações sejam integradas a um banco de dados nacional.
No Espírito Santo, essa prática começou em junho de 2024 e se destaca por ser a primeira do tipo no Brasil. O processo é gerenciado pela Secretaria da Justiça (Sejus) em parceria com a Superintendência da Polícia Federal, e tem como objetivo facilitar o cruzamento de informações entre diferentes sistemas de identificação no país.
Com a coleta de dados biométricos, espera-se que mais de oito mil registros sejam feitos anualmente, contribuindo para a segurança pública e a identificação de criminosos. O sistema Abis (Solução Automatizada de Identificação Biométrica) é utilizado para armazenar e processar essas informações, que já conta com cerca de 40 milhões de registros de pessoas.
Além de identificar detentos, o cadastramento biométrico permite que as autoridades consultem impressões digitais em cenas de crimes, verifiquem casos de pessoas desaparecidas e até identifiquem corpos, tornando-se uma ferramenta essencial na luta contra a criminalidade.
Impactos e Resultados da Iniciativa no Espírito Santo
A implementação do cadastramento biométrico no sistema prisional do Espírito Santo trouxe impactos significativos tanto para a segurança pública quanto para a gestão do sistema carcerário. Desde o início do projeto, em junho de 2024, já foram coletadas informações biométricas de 2.500 detentos, o que demonstra a eficácia e a agilidade do processo.
Um dos principais resultados dessa iniciativa é a possibilidade de cruzar dados com a base nacional, permitindo que as autoridades identifiquem criminosos que utilizam identidades falsas ou que estão foragidos. Por exemplo, impressões digitais de um detento foram ligadas a sete locais diferentes de crimes, facilitando investigações e aumentando a eficiência da polícia.
Além disso, o cadastramento biométrico contribui para a redução da reincidência criminal, uma vez que a identificação precisa dos detentos ajuda na elaboração de estratégias de reintegração social e acompanhamento. Com informações mais precisas, as autoridades podem direcionar melhor os recursos e programas de reabilitação.
Outro impacto positivo é a melhoria na segurança das unidades prisionais. Com um sistema de identificação mais robusto, a possibilidade de fugas e de ações criminosas dentro das prisões diminui, criando um ambiente mais controlado e seguro para os agentes penitenciários e para a população em geral.
Em resumo, o cadastramento biométrico no Espírito Santo não apenas moderniza o sistema prisional, mas também se torna uma ferramenta vital na luta contra a criminalidade, promovendo uma maior integração entre as forças de segurança e um melhor gerenciamento das informações dos detentos.
