Estudo da UFES identifica 308 áreas em risco de deslizamento na Serra, afetando 18 mil pessoas. Medidas de prevenção são essenciais.
Jornal da Serra, ES
Um estudo da UFES revelou 308 áreas de risco de deslizamentos e enchentes na Serra, afetando 18 mil pessoas, devido à ocupação desordenada. O Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) tem sido crucial, reduzindo a população em áreas de risco de 40 mil para 18 mil, através de mapeamento e conscientização. A Defesa Civil planeja investir R$ 20 milhões em projetos de estabilização e intervenções estruturantes para mitigar riscos e promover práticas sustentáveis.
Um levantamento recente da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) revelou que existem 308 áreas com risco de deslizamento, enchentes e outros perigos na Serra, o município mais populoso do estado. O estudo, realizado pelo Laboratório de Geomorfologia e Gestão de Redução de Risco de Desastres, utilizou tecnologia avançada, como drones e análises geográficas, para mapear as regiões vulneráveis.
O estudo da UFES revelou que as 308 áreas de risco estão distribuídas por 58 bairros da Serra, incluindo locais como Feu Rosa, Jardim da Serra, Serra Dourada, Central Carapina e José de Anchieta. Nessas regiões, aproximadamente 18 mil pessoas residem, sendo que Central Carapina e José de Anchieta se destacam pela alta densidade populacional e vulnerabilidade social.
O levantamento, que começou em março de 2024 e deve ser concluído em agosto deste ano, visa não apenas identificar as áreas de risco, mas também compreender as condições que levam a essa vulnerabilidade. O professor Celso Goulart, coordenador da pesquisa, enfatiza que a ocupação desordenada de terrenos inclinados é um dos principais fatores que contribuem para o risco de deslizamentos e enchentes.
Além disso, o estudo aponta que muitas dessas áreas são habitadas por famílias de baixa renda, que frequentemente enfrentam desafios adicionais durante períodos de chuvas intensas. A falta de infraestrutura adequada e a ausência de intervenções do poder público agravam ainda mais a situação, tornando essas comunidades especialmente suscetíveis a desastres naturais.
Com a divulgação desses dados, a expectativa é que as autoridades locais possam implementar medidas de prevenção e conscientização, visando proteger a população e reduzir os riscos associados a deslizamentos e enchentes na Serra.
O Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) é uma iniciativa crucial para a segurança da população da Serra, especialmente em áreas identificadas como vulneráveis a deslizamentos e enchentes. Desde sua implementação, o PMRR tem contribuído significativamente para a diminuição da exposição da população aos perigos, reduzindo o número de pessoas que vivem em áreas de risco de 40 mil para 18 mil.
Esse plano abrange diversas etapas, incluindo o mapeamento das áreas de risco, a realização de oficinas com as comunidades e a elaboração de propostas para intervenções estruturantes. Essas ações visam não apenas identificar as regiões mais críticas, mas também promover a conscientização da população sobre a importância de evitar ocupações irregulares e práticas que possam agravar a situação.
Entre as soluções recomendadas pelo PMRR estão a realização de obras de contenção de encostas, melhorias na drenagem urbana e campanhas de conscientização sobre o descarte adequado de lixo. O tenente-coronel Fábio Maurício Rodrigues, diretor da Defesa Civil da Serra, destaca que a educação e a manutenção das áreas já estabilizadas são essenciais para prevenir tragédias e garantir a segurança dos moradores.
Com a continuidade das ações do PMRR, espera-se que a Serra possa se tornar um exemplo de planejamento urbano responsável, onde a segurança e a qualidade de vida dos cidadãos sejam priorizadas. A implementação efetiva desse plano é fundamental para mitigar os impactos das chuvas e proteger as comunidades mais vulneráveis.
A Defesa Civil da Serra está projetando investimentos significativos, estimados em cerca de R$ 20 milhões, para os próximos meses, com o objetivo de implementar projetos de estabilização e novas obras que visam mitigar os riscos de deslizamentos e enchentes nas áreas vulneráveis do município.
Esses investimentos são parte de uma estratégia mais ampla para garantir a segurança da população, especialmente nas regiões identificadas pela pesquisa da UFES. O diretor da Defesa Civil, tenente-coronel Fábio Maurício Rodrigues, ressalta que, além das intervenções estruturantes, é fundamental promover uma mudança na mentalidade da população, incentivando práticas mais sustentáveis e responsáveis nas comunidades.
Os recursos serão direcionados para diversas ações, incluindo a construção de muros de contenção, melhorias na drenagem urbana e programas de educação ambiental. Essas iniciativas não apenas visam proteger os cidadãos durante períodos de chuvas intensas, mas também buscam criar uma cultura de prevenção e conscientização sobre os riscos associados a desastres naturais.
Com a continuidade dos investimentos e a colaboração da comunidade, a expectativa é que a Serra possa reduzir ainda mais os impactos das chuvas e garantir um ambiente mais seguro e saudável para todos os seus moradores.
Seu Portal de Notícias da Região Serrana na Grande Vitória.
Veja mais tópicos nos próximos Stories.