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Deputados questionam gestão do Himaba.

Parlamentares cobram apuração sobre suposto caso de negligência no atendimento que teria levado à morte criança de 2 anos no Hospital Infantil de Vila Velha. Gandini (Cidadania) chegou a sugerir instauração de CPI para apurar gestão do Himaba Por Wanderley Araújo Foto: Tonico   Cerca de 1 mês e meio após a morte do adolescente […]

deputados questionam gestao do himaba

Parlamentares cobram apuração sobre suposto caso de negligência no atendimento que teria levado à morte criança de 2 anos no Hospital Infantil de Vila Velha.

Gandini (Cidadania) chegou a sugerir instauração de CPI para apurar gestão do Himaba

Por Wanderley Araújo

Foto: Tonico

 

Cerca de 1 mês e meio após a morte do adolescente Kevinn Belo Tomé da Silva, de 16 anos, ocorrida na madrugada do dia 30 de abril por suposta negligência de atendimento no Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, a instituição volta a ser acusada de falha que pode ter levado outra criança a perder a vida, desta vez um menino de 2 anos.

O caso foi levado à tribuna na sessão ordinária do dia 14 pelo deputado Gandini (Cidadania) ao explicar que recebeu a denúncia ao ser marcado no Instagram pela mãe da criança, Ingrid de Matos Rossi.

Conforme Gandini, Ingrid alega que o menino Antônio Rossi Simões foi vítima de erros nos procedimentos do Himaba, onde foi atendido por 11 médicos, sendo que a maioria interrompeu o tratamento que o médico anterior havia iniciado, ministrando outros medicamentos.

“Ela (Ingrid) diz também que ficou sem informações por diversos dias e não sabe se o filho foi alimentado corretamente durante a internação, porque só tomava soro e ficava cada vez mais fraco, até falecer”, disse o parlamentar.

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Conforme Gandini, a postagem de Ingrid na rede social sobre a morte do filho no Himaba causou outras denúncias de diversos pais, que também suspeitam que os filhos faleceram no Himaba por negligência no atendimento.

CPI

Gandini advertiu que o caso precisa ser apurado, nem que seja preciso o Legislativo capixaba instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e acionar o Ministério Público nos âmbitos federal e estadual, além dos conselhos médicos.

Ele pediu ao presidente da Comissão de Saúde, deputado Doutor Hércules (Patri) que ajude na apuração do caso, questionando a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) o que está sendo feito em relação ao Himaba diante de tantas reclamações contra o funcionamento da unidade hospitalar.

Bloqueio de bens

Gandini defendeu ainda que seja feita uma fiscalização rigorosa da Organização Social (OS) que administra o Himaba, pois, em seu entendimento, tudo indica que ela seja uma empresa e não uma OS, pois estaria presente em 21 estados. “Que OS é essa que não tem um foco localizado, mas opera em vários estados, e além disso ainda é dona de uma empresa de publicidade?”, questionou.

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Ele acrescentou que no estado da Paraíba o mesmo grupo que está inserido na OS que administra o Himaba foi denunciado por falhas na prestação de serviços hospitalares, o que resultou no bloqueio de R$ 21 milhões pertencentes a seus integrantes.

Diligência

Doutor Hércules classificou de “injustificável e inaceitável” a nova denúncia contra a OS que administra o Himaba e garantiu que os conselhos Federal e Regional de Medicina vão tomar providências, assim como, segundo argumentou, foram tomadas no caso Kevinn.

O deputado, que é médico, anunciou também que da mesma forma em que procedeu no caso Kevinn, a Comissão de Saúde estará mais uma vez no Himaba para fazer diligências sobre a denúncia levada ao plenário por Gandini.

Rafael Favatto (Patri), deputado que também é médico, prometeu se empenhar no esclarecimento da denúncia apresentada por Gandini. Ele afirmou que tudo será feito para que tanto os familiares como os responsáveis pela unidade hospitalar possam dar as suas versões sobre o ocorrido.

Sergio Majeski (PSDB) cobrou do governo responsabilidade no processo de escolha das OSs contratadas para gerir os hospitais no Espírito Santo. “Será que não verificam antes o passado dessas organizações, não se preocupam em saber quem está sendo contratado?”, perguntou.

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Entenda o caso

Conforme veiculado na imprensa, o menino Antônio Rossi Simões, de apenas 2 anos, faleceu no dia 27 de maio, após 11 dias de internação por pneumonia no Himaba.

Ele manifestou sintomas de gripe no dia 11 de maio, sendo atendido no Pronto Atendimento (PA) de Riviera da Barra, em Vila Velha; naquela unidade constataram que o quadro era de pneumonia. Antônio recebeu oxigênio por um tempo e depois recebeu alta.

Apesar de apresentar melhora no quadro clínico, no dia 17 o quadro piorou, sendo levado ao PA da Glória e, de lá, para internação no Himaba, onde ficou no oxigênio e recebendo antibióticos.

No dia seguinte, a medicação foi retirada e o oxigênio reduzido por orientação médica. No outro dia, à noite, o quadro se agravou e os médicos retornaram com antibióticos.

Antônio, no entanto, foi enfraquecendo cada vez mais a ponto de necessitar de ventilação mecânica, além de ir para a UTI.  No dia 27, o menino não resistiu e faleceu.

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